As paróquias e comunidades são constituídas por excelência, como campo de atuação da Pascom porque é um conjunto de ações no campo da comunicação para evangelizar através de ferramentas impressas e digitais, facilitando a integração entre os membros de uma comunidade, promovendo a comunhão e o diálogo.
A Pascom é considerada como a pastoral da articulação e do amor, e tem como característica genuína o dom de acolher, porque precisa estar disponível aos agentes das outras pastorais que precisam de ajuda.
Já que a Pascom também é conhecida por ser a pastoral que acolhe, será que estamos fazendo uma boa comunicação para bem acolher?
Qual a importância da comunicação acolhedora?
A comunicação acolhedora pode ser entendida como se fazer presente quando alguém está conosco, criando um ambiente de confiança e acolhimento.
Para nós, comunicadores católicos, a comunicação acolhedora é muito importante, pois não é suficiente apenas estarmos envolvidos nas atividades paroquiais, precisamos também ser “missionários”, ou seja, precisamos aprender a escutar ao outro com os ouvidos e o coração, pois saber ouvir também é evangelizar, como nos orienta as Sagradas Escrituras: “Acolhei-vos uns aos outros como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom 15,7).
A Igreja reconhece que a acolhida deve ser melhorada em suas características, como afirma o projeto “Ser Igreja no novo milênio”, da CNBB, que convida as paróquias e comunidades a abrirem as suas portas e seus corações com práticas, posturas, ações, métodos, conteúdos, tudo voltado para a ação acolhedora, fazendo com que a pessoa se sinta acolhida e respeitada.
Nesse sentido, a Pascom é a ponte que liga as pastorais e a sociedade, permitindo que a ação pastoral seja conhecida pelas paróquias e comunidades, convidando outros a participarem.
No 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco nos propôs a abordagem na qual os verbos ir, ver e escutar são as condições necessárias para uma boa comunicação:
“Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar, e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora. Após o nosso treino na escuta, que requer saber esperar e paciência, e o treino na renúncia a impor em detrimento dos outros o nosso ponto de vista, podemos entrar na dinâmica do diálogo e da partilha que é, em concreto, comunicar cordialmente. E, se escutarmos o outro com o coração puro, conseguiremos também falar testemunhando a verdade no amor”.
Dicas para bem acolher e comunicar
A Pascom pode desenvolver ações práticas para melhorar a ação acolhedora nas paróquias e comunidades:
– Educar as paróquias e comunidades sobre a importância da prática constante do bem acolher;
– Motivar ações que favoreçam a acolhida;
– Criar grupos de reflexão para despertar a consciência para a ação acolhedora;
– Ir ao encontro das pessoas e ouvi-las através de ferramentas de captação como Google Forms ou outros métodos de enquetes;
– Organizar uma formação específica para os agentes da Pastoral da Acolhida;
– Favorecer o espaço acolhedor com comunicações offline, como o painel de avisos;
– Desenvolver a consciência de que a acolhida precisa estar presente nas pastorais e movimentos.
Pasconeiros, continuemos com alegria a missão de comunicar e acolher!
Juliana Fontanari é jornalista, membro do GT Produção da Pascom Brasil e integra a equipe do Caderno Pascom em Ação do jornal O São Paulo.