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Comunicar que a Palavra se fez carne

O tempo do Advento conduz o itinerário da nossa vida rumo ao Natal de Jesus. A experiência de fé comunicada nesta solenidade cristã enternece o coração da humanidade, especialmente neste tempo de pandemia. Providencialmente, chegaremos ao Natal após termos percorrido nove meses de dor, de espera, de perdas, de distanciamento, de cuidado...

O tempo do Advento conduz o itinerário da nossa vida rumo ao Natal de Jesus. A experiência de fé comunicada nesta solenidade cristã enternece o coração da humanidade, especialmente neste tempo de pandemia. Providencialmente, chegaremos ao Natal após termos percorrido nove meses de dor, de espera, de perdas, de distanciamento, de cuidado e também de esperança. Poderíamos acrescer tantas outras palavras que expressam o que temos vivido neste período de convivência com um vírus invisível e perigoso. E Deus nos responde, agora, com o Natal de seu Filho. A vinda de Jesus é a resposta para as nossas angústias e medos.

Papa Francisco, no seu mais recente livro Vamos sonhar juntos: o caminho para um futuro melhor, afirma que “Deus nunca é indiferente. A essência de Deus é misericórdia, que não consiste apenas em ver e comover-se, mas em responder com ação. Deus sabe, sente e vem cuidar de nós. Não se limita a nos esperar, ele sai ao nosso encontro.” É o que experimentamos no Natal. Muitos questionam onde estaria Deus na pandemia, assim como questionaram em outras situações de calamidade na história da humanidade, e Ele nos responde com a singeleza da vinda de Seu Filho.

Ao abrirmos a Sagrada Escritura no prólogo de São João, encontramos que “a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (cf. Jo 1,14). Que bela e rica verdade de nossa fé! Ao rezá-la, cada crente deve ter a consciência de que a Palavra já se fez carne uma vez por todas, para nos ensinar a sermos mais humanos. A Palavra – sinal sensível da experiência comunicativa – já se fez carne por nós e nós, tantas vezes irrefletidamente, tornamos a transformar a carne em Palavra. Natal é o tempo de viver a profundidade e a riqueza das relações. Mesmo com limitações de distanciamento, quando não são aconselhados os tradicionais encontros presenciais como fazíamos antes, não deixemos de exercitar a ternura e o cuidado. Assim como em Êxodo 33,7-11, quando a Tenda do Encontro permitiu a Moisés e ao povo contactar-se novamente com Deus, neste Natal, cada lar se torna uma Tenda do Encontro para a Palavra habitar e nos transformar.

Feliz Natal!