25 de setembro é dia nacional do trânsito. O coordenador geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, compartilhou uma reflexão com o seguinte título: “Cuidado! A vida pede cuidado”. No artigo, ele discorre sobre a importância de agir de maneira cristã no trânsito, invertendo a lógica da intolerância e da impaciência. Para ele,
a educação no trânsito não é necessária apenas para quem dirige, mas a todos que saem às ruas diariamente. Já parou para pensar quanto tempo do dia você gasta se deslocando para o trabalho, para o lazer, para visitar um amigo, ou fazer quaisquer outras atividades? Principalmente nas grandes cidades, a população perde uma parcela considerável do seu tempo indo de um lugar a outro. Por isso, a educação no trânsito é algo para todos. Ademais, ela é reflexo da nossa educação interior, da disposição que temos para viver bem em sociedade e para assimilá-la como princípio da boa convivência.
A partir da Sagrada Escritura, Tullius traz a inspiração do Bom Samaritano como uma forma de agir no trânsito e como caminho necessário para recuperar a ética do cuidado. Diante de uma sociedade que promove indivíduos cada vez mais ensimesmados, para a educação no trânsito – e para tantas dimensões da nossa vida – a ética do cuidado parece-nos uma resposta necessária e um caminho para a humanização. É preciso entender que somos responsáveis uns pelos outros.
Se visitarmos as páginas da Sagrada Escritura, encontraremos na parábola do Bom Samaritano uma inspiração muito oportuna sobre o cuidado e para a vida no trânsito. Em Lucas 10,25-37, Jesus conta sobre um homem machucado pelo caminho que é ignorado pelo sacerdote e pelo levita, mas que é notado e cuidado pelo samaritano. Poderia ser, inclusive, alguém vítima de um acidente de trânsito. Se você estivesse diante dessa situação, agiria como o sacerdote, como o levita ou como o samaritano? É preciso entender quem é o próximo mais próximo e que ele deve ser cuidado.
O artigo se encerra com o decálogo do motorista, proposto pelo Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, em 2007