Paixão pela Pascom!
Assim define a história da nossa Pasconeira, no segundo episódio da Minha Vida de Pasconeiro.
Muitas vezes, em nossos caminhos de comunicadores paroquiais, surgem episódios que colocam à prova a nossa resiliência, mas mesmo com medo e receio do caminho apresentado à nossa frente, surge uma voz que grita em nosso peito e nos faz caminhar. E como para Deus nada é impossível é Ele mesmo que nos capacita (2Coríntios 1:21-22) para a missão.
Conheça a Pasconeira Vanusa Linhares, da Diocese de Itapipoca/CE e como a sua missão, como comunicadora, foi primordial na criação do Encontro Nacional da Pascom.
Comunicar praticando a empatia
Vanusa Linhares é formada em Ciências Religiosas, radialista e estudante de jornalismo. É pasconeira há 25 anos, coordenadora da Pascom diocesana de Itapipoca e membro do GT de espiritualidade da Pascom Brasil.
A pastoral da comunicação surgiu em sua vida através de outra pastoral, pela catequese. Ela trabalhava no setor diocesano catequético e cada setor tinha que assumir um programa de rádio e, mesmo sendo tímida, aceitou o desafio. Ali surgia sua paixão pela comunicação, pelo rádio e pela Pascom.
No mesmo ano, em 1997, o então bispo diocesano de Itapipoca, Dom Benedito Francisco de Albuquerque, a convidou para fazer o curso de comunicação oferecido pelo Celam (Conselho Episcopal Latino Americano), em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, no qual disse sim, tendo como trabalho final do curso, o projeto de implantação da Pascom em sua diocese.
Nesses anos de caminhada na Pascom, Vanusa aprendeu várias lições que leva, não somente para a vida pastoral, mas também para a pessoal:
Aprendi a importância do saber escutar e a valorizar o outro. A Pascom me ensinou muito sobre empatia e sobre o trabalho em equipe! Aprendi também que o Senhor nos chama, capacita, envia e nos fortalece na missão.
Vanusa e o Encontro Nacional da Pascom
Sabe o Encontro Nacional da Pascom?
Pois é! Bendito seja o desejo de formação da Vanusa!
Ela se sentia sozinha na missão da pastoral da comunicação em sua diocese. Percebia a falta de planejamento nacional e de formação que direcionasse o seu trabalho nas paróquias. Queria saber também o que as outras dioceses estavam realizando para ter um parâmetro de comparação e se o caminho, optado por ela na articulação da Pascom, estava correto.
Ela via as outras pastorais e movimentos da nossa Igreja realizando encontros de formação em nível nacional e se questionava por que a Pascom também não realizava algo assim.
No Muticom de Belém/PA em 2007, os coordenadores regionais da Pascom tiveram um espaço para apresentar a caminhada regional e naquele momento Vanusa deu um passo não só importante para ela, mas também para todos os Pasconeiros e Pasconeiras do Brasil:
Eu me enchi de coragem e questionei o porquê de não termos encontros nacionais para planejamento e para a troca de experiências.
Depois do seu questionamento, Ir. Élide Fogolare articulou dentro do Muticom, um momento com todos os coordenadores diocesanos presentes, no qual ficou visível a vontade dos comunicadores em realizar formações nacionais, surgindo assim o 1º Encontro Nacional da Pascom, articulado pela Ir. Élide Fogolare, Pe. Geraldo Martins, ex-assessor de imprensa da CNBB e Dom. Orani Tempesta, bispo referencial da comunicação na época.
25 anos da Pascom na Diocese de Itapipoca

Foram anos de lutas e conquistas para Vanusa, dentro da Pascom. Essa data (25 anos de Pascom) simboliza para ela o sinônimo de perseverança e resiliência, pois não foi fácil a caminhada até onde chegou.
Infelizmente, ela viu muitos padres e leigos acharem que a pastoral da comunicação era apenas mais uma pastoral e que não teria muita importância para a igreja, fazendo com que Vanusa se sentisse sozinha e sem experiência pastoral no início, sem ter com quem contar no caminho. Hoje ela se sente realizada e feliz em ver como a Pascom cresceu e deu frutos.
Pontes ou Muros? A escolha é de cada um
A comunicação tem o poder de criar pontes ou muros, mas para Vanusa depende muito do que cada pessoa quer construir. No caso dela, a opção é sempre em criar pontes como deseja o Papa Francisco.
Criamos pontes quando somos capazes de enxergar e perceber o outro, escutando e falando com o coração.
E ressalta:
Construir pontes é fazer uma comunicação empática, sem julgamentos ou preconceitos, entendendo contextos e sentimentos.

A paixão tem o poder de nos mover, motivar e nos encorajar, ressalta Vanusa, mas também devemos cultivar a espiritualidade pois é ela que nos fortalece e nos ajuda a superar os desafios da comunicação, que não são poucos.
Então: Apaixonem-se pela Pascom!