Prof. Miguel Pereira, docente da PUC Rio, é quem tem nas mãos a história do prêmio de comunicação mais antigo da CNBB, o prêmio de cinema “Margarida de Prata”. Ele participa da organização e entrega desde as suas origens. Ele fez um texto celebrativo para a festa dos 50 anos.
Leia um trecho:
“No ano em que se comemora o cinquentenário do Prêmio Margarida de Prata da CNBB, é oportuno relembrar a sua gênese e formas de atuação. Criado pela Central Católica de Cinema (CCC), em 1967, foi atribuído, pela primeira vez, ao filme Proezas de Satanás na Vila do Leva-e-Traz, do cineasta Paulo Gil Soares, exibido no Festival de Brasília. A Central Católica de Cinema fez parte da estrutura da CNBB, desde sua criação. Na verdade, ela preexistia à Conferência, com atividades no campo do cinema, orientadas pelo Office Catholique Intenacional du Cinéma (OCIC), transformado em Organização Católica Internacional de Cinema, em 1981, no congresso de Manila, e mais recentemente em Signis, organismo ligado ao Vaticano que reuniu todas as estruturas de comunicação de Igreja. O objetivo central sempre foi desenvolver o apostolado através da utilização dos filmes de qualidade que transmitissem valores humanos e cristãos. As primeiras atividades foram em grupos paroquiais e cineclubes. Cursos de formação e seminários foram promovidos ao longo do tempo. Uma atividade que teve grande importância foi a atribuição dos Prêmios OCIC em alguns festivais de cinema de reconhecimento público, como Veneza, Cannes, Berlim, entre outros. Os prêmios expressavam e ainda expressam o reconhecimento, pela Igreja, das obras de qualidade produzidas pelo cinema mundial”.
Prof. Miguel Pereira, PUC Rio