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Ser missionário na comunidade

Qual é o seu compromisso na comunidade paroquial? Exercício da caridade, espiritualidade, formação, comunhão. Vários compromissos são assumidos na Igreja Católica como forma de resposta missionária. E esse “fazer missionário” pode ser encontrado em diferentes lugares: feiras, escolas, hospitais, ocupações, condomínios, presídios, universidades e é claro, na própria comunidade que dá vida...

Qual é o seu compromisso na comunidade paroquial? Exercício da caridade, espiritualidade, formação, comunhão. Vários compromissos são assumidos na Igreja Católica como forma de resposta missionária. E esse “fazer missionário” pode ser encontrado em diferentes lugares: feiras, escolas, hospitais, ocupações, condomínios, presídios, universidades e é claro, na própria comunidade que dá vida à missão. Jesus, ao se dirigir a Pedro e dizer “avancem para águas mais profundas” (Lc 5, 4), já identificava que ali, entre os seus discípulos, estavam pessoas que contribuiriam para a evangelização, que é a missão do próprio Cristo.

Neste mês de outubro, época conhecida na Igreja como o mês das missões, a equipe de redação da Pascom Brasil busca exemplos de leigos, leigas, religiosos, religiosas, presbíteros que vivem a experiência da vida missionária, tendo como exemplo a vida cristã, os ensinamentos de Jesus e daqueles que o seguiram.

A missão que nasce da vida comunitária

Quem aparece aqui para dar a sua opinião é o Seminarista Fabrício Gotelip, que cursa o primeiro ano de Filosofia na Congregação Missionária Filhos do Imaculado Coração de Maria, os Claretianos. Aos 22 anos de idade, natural do Rio de Janeiro, morador da cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, Fabrício diz que ser um missionário é ser um cristão que, com o coração ardendo em amor a Deus, sai para anunciar a outras pessoas o evangelho. E ele ainda fala dos desafios de ser um missionário leigo.

“Eu acho que existem dois principais desafios de ser um missionário leigo. O primeiro é não se deixar levar pela acomodação. Falo isso por perceber que, para muitas pessoas, basta ir à missa, fazer uma coisa boa aqui, outra coisa boa ali, mas se vive distante das relações humanas. E falta a esse cristão leigo uma generosidade em conhecer as pessoas que são da sua comunidade, generosidade em encontrar seu serviço em alguma pastoral, em algum ministério. E o segundo desafio é o perigo da soberba. Acho que o missionário leigo cristão precisa vencer esse sentimento. Acredito que, superando estes desafios, começaremos a erguer pontes, pois o missionário não pode deixar que cresçam muros”, destaca o seminarista.

Ainda na mesma comunidade deste jovem seminarista, na paróquia Santo Antônio Maria Claret, está a atuante leiga Suriana Pereira Silva, de 34 anos, advogada, na paróquia é coordenadora da Pastoral da Comunicação. Para ela, ser missionária é estar disponível, é ser voz e mãos dos que necessitam ajuda em todos os âmbitos da vida. Porém, ela acredita que a Igreja precisa reconhecer ainda mais, em diversos âmbitos, a necessidade de ser uma Igreja missionária. “Na minha opinião essa necessidade é evidente e indiscutível. É indispensável qualquer mecanismo para que a própria Igreja se reconheça como tal.  Destaco que o agir para efetivar poderia ser por meio de incentivos, formações – desde a catequese diária – e estruturação a partir de setor próprio dentro da comunidade, para que exerça seu papel missionário junto à lideranças, pastorais, movimentos, clero, e todo o povo”, afirma.

Já um pouco mais distante dali, especificamente em outra cidade de Minas Gerais, encontramos a pasconeira e grande missionária Gicélia Araújo Azevedo, de 50 anos, natural e moradora da cidade de Caratinga. Para quem tem uma caminhada marcante e duradoura na comunidade paroquial, o “ser missionário” se define facilmente.

“Diferente do que as pessoas pensam não é necessário abandonar tudo e sair para outro país. Acredito que missionário é aquele que está sempre a serviço do próximo, o mais próximo, muitas vezes, nosso vizinho do lado ou nosso colega de trabalho. Ser missionário é ser luz, ser sal da terra. Ir ao encontro, ser essa Igreja em saída, essa Igreja que busca ser ponte e não muro, buscar sempre uma sinodalidade. Ser missionário, principalmente na Pascom é caminhar juntos”, define.

E quando o assunto é o desafio de se fazer uma caminhada pastoral missionária, a agente da Pascom destaca o momento atual do universo da comunicação e o viés tecnológico: “Embora o acesso a informações seja maior em relação a épocas passadas, o avanço tecnológico está mais próximo de todos, com isso as pessoas estão cada vez mais individualistas, mais carentes, inseguras, confusas e solitárias, necessitando da atenção dos cristãos e de receber a partilha da Palavra que lhes dá a esperança de salvação, esse é o maior desafio que nós missionários leigos enfrentamos. Tentar levar o VERBO àqueles que desejam somente o SUBSTANTIVO.

 

Colaboração: Janaína Gonçalves, coordenadora da Pascom Regional Leste 2 e membro do GT Produção da Pascom Brasil
Foto: Carlos Daniel – cathopic.com