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“Tomemos o tear da comunicação em mãos”: dom Mol comenta mensagem do Papa

“Tomemos o tear da comunicação em mãos” é o convite do bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, em seu comentário à mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial...

“Tomemos o tear da comunicação em mãos” é o convite do bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, em seu comentário à mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial das Comunicações. O texto foi divulgado nesta sexta-feira, 24 de janeiro, quando a Igreja celebra a memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

O Papa Francisco dedicou sua mensagem do Dia Mundial das Comunicações deste ano para o tema da narração e escolheu o versículo “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2) como iluminação bíblica. O Papa apresenta a ideia da narração como a arte da tecelagem.

“O homem não só é o único ser que precisa de vestuário para cobrir a própria vulnerabilidade (cf. Gn 3, 21), mas também o único que tem necessidade de narrar-se a si mesmo, «revestir-se» de histórias para guardar a própria vida. Não tecemos apenas roupa, mas também histórias: de facto, servimo-nos da capacidade humana de «tecer» quer para os tecidos, quer para os textos. As histórias de todos os tempos têm um «tear» comum: a estrutura prevê «heróis» – mesmo do dia-a-dia – que, para encalçar um sonho, enfrentam situações difíceis, combatem o mal movidos por uma força que os torna corajosos, a força do amor. Mergulhando dentro das histórias, podemos voltar a encontrar razões heroicas para enfrentar os desafios da vida”.
– Mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial das Comunicações

 

Usar os teares

Dom Mol recorda em seu comentário que, quando narramos, tecemos nossas histórias para “‘compreender e dizer quem somos’, o que fazemos, que sentido tem nossa existência”. “Para tecer as narrações é preciso usar os ‘teares’ da comunicação. Aqui está o ponto! Colocar os teares da comunicação a serviço das boas histórias e não o contrário”, ensina.

“Somos chamados a empunhar o tear da comunicação para os graves e necessários enfrentamentos dos fake news e deepfake, as notícias e os vídeos mentirosos, manipulados, falsos, que não narram a história humana, mas, ao contrário, a menosprezam e destroem”, afirma dom Joaquim Mol.

De Jesus vem o aprendizado e chamado a cada um ser “especialista em humanidade”. Da sua história, onde está a narrativa da “grande história de amor entre Deus e a humanidade”, o reconhecimento da “’perfeição deste amor de Deus pelo homem e, ao mesmo tempo, a história de amor do homem por Deus’”.

Façamos da vida, história

Ao final de seu texto, dom Joaquim Mol convida a todos os envolvidos nas diversas iniciativas e áreas da comunicação a tomar o tear da comunicação em mãos:

Agentes da PASCOM espalhados por este imenso Brasil, jornalistas, publicitários e relações públicas, assessores de comunicação, cineastas, teatrólogos, internautas, escritores, artistas plásticos, músicos, padres, leigos, bispos, jovens, idosos, homens e mulheres, evangelizadores… tomemos o tear da comunicação em mãos, façamos da vida, história; “para que possas contar e fixar na memória” Ex,10,2.

Ao final do texto, um agradecimento ao Papa Francisco: “tão inspirado reformador e narrador de histórias, por atitudes, gestos e palavras” e rendição de “graças a Deus por sua história”.

Leia o comentário de Dom Mol na íntegra.