Maria: comunicadora por excelência

Um olhar especial sobre o papel de Maria na comunicação

Maria, por ter aceitado anunciar a mensagem de Deus ao mundo através de Jesus, nos inspira em nossa missão comunicadora a transmitir com clareza e amor a mensagem do Evangelho. 

Motivos não faltam para querermos sempre caminhar lado a lado com Maria: 

  • Através do seu “SIM” ao Anjo Gabriel, Maria foi a primeira a comunicar a chegada de Jesus ao mundo; 
  • Concebendo a Jesus, Maria se torna a maior comunicadora da mensagem do amor de Deus; 
  • A coragem, fé e esperança de Maria de dizer “SIM” mesmo diante da incompreensão. 

Todos esses exemplos se torna um modelo para nós, pasconeiros (as) que, todos os dias, encaramos os desafios que envolvem a comunicação. 

Catecismo da Igreja Católica no número 495 reconhece Maria como a Mãe de Deus: “Denominada nos Evangelhos, Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho. Com efeito, Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotóken)” 

Maria também é reconhecida como comunicadora do número 175 do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (Doc 99), afirmando que ao escutar a saudação e a anunciação do Anjo ela, de forma corajosa, questiona o mensageiro celeste, para então dar consentimento á Palavra divina, se tornando a mãe de Jesus. Dessa forma, desde as origens da Igreja, é inquestionável o fato de que as mulheres desempenham um papel fundamental na comunicação cristã nos dias de hoje. 

 

Pasconeiros e os Santuários Marianos 

É preciso compreender que deve haver uma relação intrínseca entre a nossa missão comunicadora e a casa de Maria, em outras palavras, os diversos santuários Marianos espalhados ao redor do mundo. Afinal, desde o Antigo Testamento, Deus sempre nos presenteou com lugares de graças para que possamos nos aproximar da sua presença porque Ele sabe da nossa necessidade de pertença a um lugar. 

Podemos nos perguntar: o que isso tem a nos dizer para a comunicação? 

Na comunicação, nada pode substituir a experiência de ver e encontrar alguém pessoalmente porque não nos comunicamos só com palavras, mas também com os gestos e a voz. 

Dessa forma, os santuários fazem parte da nossa comunicação porque são locais de encontro que restauram e fortalecem a nossa fé, testemunhando que a comunicação verdadeira não acontece através de bombardeios de informações e publicações, mas sim por possibilitar encontros fora do ambiente digital. 

Maria, através dos Santuários, nos dá uma grande lição para nossa missão comunicadora porque ali, sob o seu olhar, o amor filial de cada um de nós como peregrinos se comove e derrama junto a Mãe o peso dos seus sonhos e das suas dores. 

Assim, nesse ambiente real com o divino: 

 “Nos Santuários, muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos santuários contém muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar” (DA 260) 

 

A espiritualidade do comunicador mariano 

É preciso que nós pasconeiros tenhamos um vínculo com os Santuários Marianos porque estar na casa de Maria e deixar-se olhar por ela nos ajuda a amadurecer na graça de viver como Filhos de Deus. A visita aos santuários nos ajuda a aplicar a fé na vida cotidiana. 

Como nas Bodas de Caná, em que Maria intercede ao seu Filho pois percebe o problema da falta de vinho na festa e se sensibiliza, o comunicador mariano nunca se acomoda ou recorre a ideologias utópicas. Ele está sempre com os pés na realidade, e a proximidade com Maria, o que lhe permite abrir a mente e o coração para sentir as necessidades do outro. 

O ambiente digital precisa de comunicadores que conduzam a Maria, a fim de que Ela ajude para que a conexão seja acompanhada pelo encontro e o vínculo verdadeiro. 

Não são as estratégias de comunicação que garantem  a verdade da comunicação, elas precisam ser preenchidas com ternura. 

Sobretudo, não podemos nos esquecer de recitar a oração tão simples e profunda do Santo Terço. 

Em sua conta na rede social X no dia 07 de outubro de 2016, o papa Francisco escreveu: 

 “O terço é a oração que acompanha sempre minha vida…é a oração do meu coração.” 

 Que nós, agentes da Pascom, possamos aprender o estilo de comunicação de Maria que em todas as situações sabia acolher o outro em todas as suas necessidades, nos tornando verdadeiros santuários vivos, contando histórias e facilitando encontros. 

Deixemos que Maria, a grande comunicadora, possa olhar no mais profundo do nosso ser! 

 

Por Juliana Fontanari, jornalista e membro do GT Produção da Pascom Brasil e colunista do jornal O São Paulo.