A Pascom como ponte de inclusão e conexão

Perseverar com fé e dedicação, superar ou enfrentar nossos limites

A comunicação é a lente pela qual conseguimos ver a beleza da evangelização através dos meios e ferramentas de veiculação. Por meio das mensagens transmitidas, podemos chegar a locais antes jamais imaginados.

Nesse cenário, a Pascom é a pastoral que utiliza a comunicação para evangelizar e divulgar o rosto do Cristo ressuscitado. E como é bonito ver tantos pasconeiros e pasconeiras pelo Brasil!

As pontes que criamos vão muito além de ligar apenas um ponto a outro: conectam corações e podem, sim, transformar vidas, inclusive a vida do agente da Pascom. Assim é a história do Minha Vida Pasconeiro deste mês, da pasconeira Marcinha, que viu na Pascom a beleza da evangelização em todos os atos, sendo, de fato, um elo entre as pastorais, os fiéis e o clero.

Objetivo na missão: Ser sinal da presença de Deus

A pasconeira do episódio de hoje do Minha Vida de Pasconeiro é Marcinha Ferreira, da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Bombinhas, da Arquidiocese de Florianópolis/SC.

Marcinha é formada em Jornalismo, com especialização em Jornalismo Literário e Cultura, área que foi sua porta de entrada para conhecer a Pascom. Desde 2013, ela cobria todos os acontecimentos paroquiais de natureza cultural e de viés patrimonial imaterial, mas ainda desconhecia a Pastoral da Comunicação.

Ela era responsável por solicitar a divulgação dos acontecimentos religiosos no site da arquidiocese e, aos poucos, foi entendendo e se apaixonando pela Pascom.

Foi em 2015 que, junto com o pároco da época, Pe. Silvano de Oliveira, iniciou oficialmente a Pascom na paróquia.

Encontro Nacional da Pascom abriu as portas

Em 2022, Marcinha participou pela primeira vez do Encontro Nacional da Pascom, em Itaici, na cidade de Indaiatuba, e o evento foi um marco em sua vida como comunicadora católica.

“Foi um marco na minha vida como pasconeira e, a partir do encontro, abracei a vocação definitivamente”, relembra Marcinha.

Sua equipe cresceu muito em graça, pessoas e missão, e passou a ser vista como essencial na comunidade.

Marcinha e o Pe. Sedemir

Ainda em 2022, o assessor eclesiástico da Pascom da Arquidiocese de Florianópolis, Pe. Sedemir de Melo, a convidou para participar do encontro regional e, durante a assembleia, Marcinha foi eleita vice-coordenadora do regional, tornando-se coordenadora no ano seguinte.

Enxergar a beleza na evangelização

Nos olhares e nas ações nas comunidades, podemos ver a beleza refletida de tudo o que comunicamos. É no dia a dia comunitário que a Pascom é percebida como necessária e como um elo entre as pastorais e os fiéis, conduzindo-os aos altares das nossas igrejas.

Para Marcinha, essa percepção de que a Pastoral da Comunicação é, acima de tudo, missão, nos faz valorizar as demandas, tornando-as mais leves:

“Somos pontes para as pastorais, pelas quais elas podem levar informações sobre a nossa Igreja para fora dela. Isso é algo muito bonito, necessário e uma missão privilegiada”, disse ela.

No coração, ela carrega o principal objetivo de ser sinal da presença de Deus no mundo, por meio da comunicação. Marcinha sabe o quanto esse objetivo é ambicioso, por isso se coloca como serva da Pascom, assumindo essa missão como prioridade.

O autismo e a comunicação

Marcinha é autista, mas isso nunca foi um impedimento para sua missão, nem criou barreiras entre ela e a comunicação.

Ela conta que nunca sofreu preconceito e que sua comunidade paroquial a acolheu muito bem. Aliás, Marcinha é um show à parte, com um carisma sensacional que encanta a todos que estão em sua presença.

“Tenho minhas dificuldades de atuação e limites, devido à rigidez cognitiva. Levo minha vida como um cronograma de atuação e, quando foge dele, de fato, tenho dificuldade para lidar com isso”, explica.

Para Marcinha, compromisso é compromisso e ela cumpre todos os que assume e espera a mesma reciprocidade. Mas também compreende que cada pessoa entrega aquilo que pode e reconhece seus próprios limites.

Equipe Pascom de Bombinhas

Em determinados momentos, ela precisa de pausas para regulação sensorial e evita lugares com grandes aglomerações, como shows.

“Só de imaginar o barulho, a quantidade de cheiros diferentes e a possibilidade de ficar ‘grudada’ em outras pessoas… são limites que evito por me conhecer”, ressalta.

Perseverar com fé e dedicação, superar ou enfrentar nossos limites. Devemos, sim, conhecê-los, mas nunca permitir que se tornem muros que impeçam nossa atuação na Pascom ou na vida.

Nesse caminho de ser comunicador, ter fé e buscar conhecimento também é fundamental para termos conteúdos a serem divulgados e conteúdos que possam ampliar nossas visões e percepções.

“É preciso acreditar, pois sem fé não se chega a lugar nenhum. Fé na evangelização, formação na caminhada, nas ações e, principalmente, acreditar em sua equipe faz toda a diferença”, finaliza Marcinha.

Por Marcelo Godoy