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Agenda de Março para os Pasconeiros

Temas e conteúdos para inspirações divinas!

No mês de março todos os cristãos e cristãs católicos espalhados pelo mundo se unirão em oração durante a Semana Santa, a semana Maior, que recorda o Mistério Pascal de Cristo. Apesar da Semana Santa ser o eixo central do mês de Março, temos uma longa jornada até ela. Por isto, a Pascom Brasil, traz alguns temas importantes que podem colaborar na produção de conteúdos nas Comunidades: 

 

1- Intenção da Rede Mundial de Oração do Papa Francisco

Neste mês, em que celebramos a Semana Santa, que nos recorda a paixão, morte e ressurreição de Jesus, somos convidados a rezar pelos “novos mártires”: Rezemos para que aqueles que em várias partes do mundo arriscam as suas vidas pelo Evangelho contagiem a Igreja com a sua coragem e o seu impulso missionário. 

 

2 – Quaresma: é no deserto que nos reencontramos com o Senhor

Foto: Divulgação

A Quaresma é o período de preparação para a grande celebração da nossa fé: a Ressurreição de Cristo. Durante este tempo litúrgico, somos convocados a reforçar a oração, o jejum e a caridade, com uma liturgia que nos leva à contemplação do silêncio do coração e à conversão de vida.

Quantas vezes não percebemos Sua presença no cotidiano?

Quantas vezes Ele tenta se comunicar conosco e não O reconhecemos?

Quantos erros nos impedem de ver o essencial?

A analogia com o deserto da Quaresma é também o caminho de fuga para esse reencontro com o Cristo que, assim como na volta do filho pródigo à sua casa, não quer saber por onde você andou, mas se alegra pela sua presença.

É o reencontro pessoal com nossa consciência e fé, fazendo o caminho de penitência, provocando a revisão de caminhada e nos reforçando para seguir adiante.

Neste período tão propício à meditação, que façamos a Pausa Espiritual de que precisamos para reencontrar o Amor Divino e a inspiração que norteiam nossa missão como Pasconeiros e Pasconeiras.

Proponha para sua equipe momentos de reflexão durante a Quaresma e façam a experiência de ir ao reencontro de Cristo.

 

3 – 08/03 – Dia Internacional da Mulher + Protagonismo feminino

Papa Francisco no Dia Internacional da Mulher

Papa Francisco no Dia Internacional da Mulher – Foto: Divulgação

 

“A Igreja é Mulher”

Ressaltar a presença e o protagonismo da mulher na sociedade em geral, sobretudo na Igreja, é tarefa diária.

  Em uma audiência com membros da Comissão Teológica Internacional, em novembro de 2023, Papa Francisco destacou de forma espontânea o quanto é importante a contribuição das mulheres para uma verdadeira reflexão teológica. Ele disse “Se não soubermos o que é a teologia da mulher, nunca entenderemos o que é a Igreja…a Igreja é mulher. Um dos grandes pecados que cometemos é ‘masculinizar’ a Igreja”. Devemos “desmasculinizá-la” e fazê-lo a partir da teologia”.

A fala de Francisco explica sobre a capacidade de reflexão teológica que as mulheres possuem, que por sua vez é diferente dos homens. Nas palavras dele o dom da fé passa pela mulher, pois é ela quem ensina a acariciar, a amar com ternura, a criar harmonia, a mulher é a beleza da poesia sempre unida ao seu protagonismo.  

E é aqui, neste momento de reflexão pelas palavras do Santo Papa, que é possível também nós, comunicadoras e comunicadores do Reino, pensar: quem são as mulheres que contribuem para a vida eclesial em nossa realidade? Quem são as “Marias”, as “Sandras”, as “Lourdes”, as “Anas” e tantas outras protagonistas que, mesmo atarefadas por serem multitarefas, ainda conseguem tempo para se dedicar à Igreja?

Quem são as mães, meninas, jovens, moças, senhoras, que nas dificuldades internas ou explícitas ainda se ocupam nas colaborações das festas dos padroeiros? Que cozinham para as barraquinhas, que recolhem doações para o bazar, que levam a comunhão para os doentes, que fazem estudo bíblico nas casas, que preparam a farinha da Pastoral da Criança, que fazem as fotos para divulgar nas redes da comunidade, que são catequistas, que lideram grupos de jovens, que conduzem a pastoral litúrgica, que encantam nos grupos de música da paróquia?

Essas mulheres, que beiram o cansaço diário e árduo como membros leigas das pastorais, também são mães, são esposas, são viúvas, são namoradas, são administradoras…outras são lavadeiras, diaristas, do lar, professoras, advogadas, jornalistas, jogadoras, publicitárias, historiadoras…e elas não alcançam apenas o degrau abaixo do altar, pois elas estão presentes em cada símbolo da mesa sagrada, preparando tudo da melhor maneira possível antes das celebrações.

Essas mulheres também são reconhecidas por suas vontades e desejos, por seus sonhos e por suas coragens, assim como Maria, a mãe de Jesus, que viveu intensamente as dores de seu filho! E para você, pasconeira, pasconeiro, quem é a mulher (ou as mulheres) que se tornou exemplo em sua vida?

 

4- Eleição do Papa Francisco: uma revolução para a comunicação

Eleição Papa Francisco – Foto: Divulgação

Em 13 de março de 2013, a Igreja Católica conheceu o seu novo líder espiritual. Foi um momento significativo, dado à renúncia do papa Bento XVI, poucas semanas antes, em fevereiro do mesmo ano. Um fato que não era visto há, pelo menos, 600 anos. 

O contexto eclesial no momento da eleição era marcado por desafios significativos para a Igreja Católica. Escândalos de abuso sexual por membros do clero, questões relacionadas à transparência financeira do Vaticano e a necessidade de revitalizar a mensagem do Evangelho em um mundo em rápida mudança eram apenas alguns dos desafios que o novo pontífice enfrentaria. 

Após as congregações gerais (encontro dos cardeais no período que antecede o Conclave), os cardeais reunidos em Conclave, elegeram o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, um argentino de 76 anos. A sua escolha veio como uma surpresa, dada a sua idade avançada e o fato de que ele não era considerado um dos favoritos pelos meios de comunicação. No entanto, sua escolha foi recebida com entusiasmo e esperança por milhões de católicos em todo o mundo.

Além da surpresa pela eleição, outra surpresa veio pela escolha do nome: Francisco. Esta escolha enfatiza a simplicidade, humildade e compaixão, a exemplo do Santo de Assis, e ressoou profundamente aos fíéis – e também entre os não crentes – de todas as origens e crenças, a sua mensagem de justiça social e cuidado com os menos favorecidos.

Ao celebrar o 11º aniversário da eleição do Papa Francisco, em 13 de março, e o início do seu ministério petrino, em 19 de março, é importante recordar a relação deste pontificado com a comunicação. Desde o início, ele adotou uma postura aberta e transparente, utilizando as mídias sociais e concedendo entrevistas francas para se comunicar com os fiéis em todo o mundo. Sua presença nas redes sociais, em particular, permitiu-lhe alcançar uma audiência global e construir uma conexão direta com as pessoas, transcendendo as fronteiras físicas e culturais. 

As suas mensagens anuais para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, 11 no total, trazem a marca do Francisco comunicador, com seu jeito simples de falar, com a proximidade dos gestos, as metáforas do cotidiano, a humildade, a abertura referências literárias, a sobriedade, a busca incessante da verdade e, acima de tudo, a necessidade de ser uma comunicação repleta de gente, acentuando o que na Evangelii Gaudium ele indica “que as maiores possibilidades de comunicação traduzir-se-ão em novas oportunidades de encontro e solidariedade entre todos” (n. 87). 

As mensagens do Papa Francisco devem ser compreendidas e lidas em conjunto com os diversos elementos e documentos do seu pontificado. Elas ganham sentido quando olhamos para as encíclicas, as exortações apostólicas, para os pronunciamentos. As mais recentes se entrelaçam com o caminho sinodal vivido pela Igreja, desafiando a repensar sua maneira de ser e, por conseguinte, também sua comunicação. 

Algumas dicas comunicativas para celebrar o aniversário de eleição do Papa Francisco: 

  • criar um card com a foto e alguma citação do Papa Francisco; 
  • criar um card com a frase “Rezem por mim!”, que foi o pedido do Papa Francisco no dia de sua eleição, e motivar as pessoas a comentarem com a sua oração pelo Papa; 
  • criar um carrossel com um pequeno histórico da eleição; 
  • se na sua comunidade ou paróquia, alguém já teve oportunidade de encontrar pessoalmente o Papa Francisco, é interessante gravar um reels testemunhando como foi esse momento; 

 

5- São José e a Comunicação 

Papa Francisco e São José – Foto: Divulgação

No dia 19 de março, a Igreja celebra a solenidade de São José, esposo de Maria, pai terreno de Jesus e patrono da Igreja.Ele é frequentemente retratado como um exemplo de silêncio e humildade na tradição cristã. Embora não haja muitas referências diretas à sua comunicação nos Evangelhos, sua vida e exemplo transmitem uma mensagem poderosa sobre a importância do silêncio e da escuta atenta. 

São José ensina que a comunicação vai além das palavras faladas, abrangendo também gestos, atitudes e presença amorosa. Seu papel como protetor e provedor silencioso para a Sagrada Família destaca a comunicação não verbal como uma forma profunda de expressar amor e cuidado.

Além disso, a figura de São José também pode ser vista como um exemplo de comunicação por meio da ação. Sua prontidão em obedecer aos chamados divinos, como quando foi avisado em sonho para fugir para o Egito para proteger Jesus da perseguição de Herodes, demonstra uma comunicação de confiança e obediência à vontade de Deus. São José nos lembra que nossas ações falam mais alto que nossas palavras e que a comunicação autêntica muitas vezes envolve sacrifício pessoal em nome do bem maior.

Por ocasião do Ano de São José, publicamos em nosso portal dois artigos que podem ser retomados para celebrar esta ocasião. No primeiro, São José e a comunicação, Padre Luiz Roberto Teixeira Di Lascio reflete que o silêncio de São José nos questiona e nos convoca a sermos e agirmos como verdadeiros comunicadores e educadores, segundo o Espírito Santo. 

No encerramento do Ano de São José, o coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, escreveu sobre as Lições de São José para a comunicação. Releia estes artigos individualmente, ou com sua equipe da Pascom, e inspire-se para celebrar este santo tão importante para a nossa fé. 

 

6 – 22/03 – Dia Mundial da Água

Água, fonte de vida! Foto: Freepik

O que você faz para a preservação da água?

Mais do que conscientizar é necessário colaborar, para que assim o bem comum seja tarefa de todas as pessoas

Quando se cria uma data comemorativa é importante lembrar que não é mera invenção, na maioria das vezes se trata de uma necessidade. E neste caso, em que se comemora hoje, 22 de março, o Dia Mundial da Água, certamente foi para conscientizar sobre o correto uso de um patrimônio do planeta, essa foi a preocupação de membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) há mais de 30 anos.

Daqueles tempos até os dias de hoje muita coisa mudou, muitos recursos foram intensificados para favorecer o acesso a um bem precioso. A ONU, além de instituir o Dia Mundial da Água, também divulgou à época a Declaração Universal dos Direitos da Água, que diz:

“1- A água faz parte do patrimônio do planeta;

2 – A água é a seiva do nosso planeta;

3 – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;

4 – O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;

5 – A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;

6 – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;

7 – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada;

8 – A utilização da água implica respeito à lei;

9 – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;

10 – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.”

  Nós, comunicadoras e comunicadores, temos o compromisso para com a Casa Comum, um dever de colocar em pauta assuntos que nos levam a refletir sobre o lugar onde vivemos. Em 2015 Papa Francisco lançou a encíclica Laudato Si – Sobre o Cuidado com a Casa Comum. Nesse documento o Papa propôs uma perspectiva inspiradora sobre a relação entre os seres humanos e o meio ambiente. Quando falamos dos cuidados para a preservação da água, estamos ampliando nossos olhares para o que a Igreja nos pede, nos direciona. Papa Francisco relembra em sua encíclica que todas as pessoas, independente de classe social, possui um papel importante a desempenhar na proteção da natureza.

Com isso, é importante sabermos que a Igreja também se importa, ela faz parte da sociedade e ela também é peça fundamental no diálogo sobre o cuidado com o meio ambiente. Você, em sua realidade paroquial, por meio da Pascom, também pode colaborar criando publicações sobre o assunto. Que tal lembrar os seus seguidores que hoje comemoramos o Dia Mundial da Água? Que tal criar um engajamento sugerindo dicas de preservação da água? Use a criatividade, busque informações corretas e ajude na reflexão junto à sua comunidade. São tarefas simples, básicas, diárias, são aqueles ensinamentos lá da fase pré-escolar que, se guardados e aplicados durante a vida, alguma diferença há de ter.

E você? O que faz para a preservação da água?

 

7 – Coleta Nacional da Solidariedade e o Fundo Nacional 

Coleta Nacional da Solidariedade: sinal visível da caridade quaresmal

O tempo da Quaresma nos convida às três práticas já conhecidas: oração, jejum e caridade. Uma complementa a outra e nenhuma delas se mantém sozinha. E neste sentido, no Brasil, com a Campanha da Fraternidade, que acontece desde 1964, a ação eclesial de caridade é a Coleta Nacional da Solidariedade, que acontece anualmente no Domingo de Ramos (em 2024, no dia 24 de março).

No final de semana em que os católicos recordam a entrada de Jesus em Jerusalém, dando início à Semana Santa, a coleta das ofertas de todas as celebrações, em todo o Brasil, é enviada às dioceses que reúnem os valores de todas as paróquias e comunidades e fazem o encaminhamento de 40% à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS).

Do total arrecadado na Coleta para a Solidariedade, 60% fica na própria diocese e é gerido pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) com o objetivo de apoiar iniciativas e projetos locais. Na CNBB, o FNS é administrado pelo Departamento Social da CNBB, sob a orientação do Conselho Gestor da CNBB, que distribui os recursos de acordo com edital próprio. Em 2023, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade aprovou 70 projetos, nos quais foram destinados o total de R$ 2.176.397,08.

Bispo, padres, religiosos(as), pasconeiros, agentes de pastoral, colégios católicos e movimentos eclesiais são os principais motivadores e animadores da Campanha da Fraternidade em suas comunidades, paróquias e dioceses. Os recursos têm contribuído para a promoção da dignidade humana, o compromisso com os pobres e a vida plena.

No Dia Nacional da Coleta, no Domingo de Ramos, os fiéis poderão realizar suas doações, para aplicação em projetos sociais, na conta indicada abaixo. O comprovante do depósito precisa ser enviado por e-mail para [email protected]

Banco Bradesco

Agência: 0484-7

Conta corrente: 4188-2 (CNBB)

CNPJ: 33.685.686/0001-50

 

Pascom e Coleta Nacional da Solidariedade

A Pascom é, sem dúvida, uma grande responsável pela concretude das atividades da Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2024, traz a temática da Amizade Social. Isso porque está incumbida de fazer valer o eixo da articulação entre as pastorais e grupos, entre as paróquias, entre a Igreja e a sociedade em geral etc. 

Diante disso, é bom que os pasconeiros conheçam os subsídios da Campanha da Fraternidade e possam pensar em conteúdos para articular uma boa participação dos fiéis na Coleta Nacional da Solidariedade. Para isso, sugerimos algumas ações para a reta final da Quaresma e Domingo de Ramos.

1 – Leve a público, nas redes sociais, nos telões das igrejas e, também, nos murais, a prestação de contas da Coleta da Solidariedade de 2023. Se você for pasconeiro na Diocese, busque informações de quais pastorais, movimentos e organismo receberam recursos no ano passado e quanto lhes foi repassado. Se atua na paróquia, recorde quanto a sua paróquia repassou à Coleta no ano passado.

2 – Pense em spots para os programas de rádio de sua diocese/paróquia, salientando a importância da Coleta e a destinação dos recursos.

3 – Compartilhe com os grupos, a prestação de contas do edital nacional do Fundo Nacional de Solidariedade, para recordar aos fiéis a seriedade com que a Igreja trata dos recursos do povo de Deus.

4 – Nas redes sociais, providencie um carrossel explicando sobre a Coleta, bem como reels e utilize também os materiais próprios preparados pela Campanha da Fraternidade, disponíveis em: https://campanhas.cnbb.org.br/videos/cf2024-vt-4-coleta-da-campanha-em-24-de-marco-domingo-de-ramos 

 

8 – Semana Santa: Semana Maior da nossa Fé

Domingo de Ramos

Em 16 de janeiro de 1988, a Congregação para o Culto Divino publicou a carta circular “Paschalis Sollemnitatis” sobre a preparação e celebração das festas pascais. O documento explica que “na Semana Santa a Igreja celebra os mistérios da salvação, levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso messiânico em Jerusalém. O tempo quaresmal continua até à Quinta-feira Santa. A partir da Missa vespertina “in Cena Domini” inicia-se o tríduo pascal, que abrange a Sexta-feira Santa “da paixão do Senhor” e o Sábado Santo, e tem o seu centro na vigília pascal, concluindo-se com as vésperas do domingo da ressurreição. 

Além da circular Paschalis Sollemnitatis, recortamos algumas informações, sobretudo da segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa de material publicado pelo site Jovens Conectados, da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB. Conheça um pouco mais sobre a liturgia tão profunda da Semana das Semanas.

 

Domingo de Ramos

Com o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, 24 de março, quando se realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, iniciamos a Semana Santa, para celebrar o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A bênção dos ramos é realizada no exterior das igrejas e acontece a procissão dos ramos. A carta Paschalis Sollemnitatis diz que o “sacerdote e os ministros precedem o povo, levando também eles os ramos”. Além disso, o documento escreve que: “Conservados em casa, os ramos recordam aos fiéis a vitória de Cristo celebrada com a mesma procissão”. São proclamados dois Evangelhos: no início, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e após as leituras, a proclamação da Paixão.

 

Segunda-feira Santa

Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado. A primeira leitura é a do servo sofredor: “Olha o meu servo, sobre quem pus o meu Espírito”, disse Deus por meio de Isaías. A Igreja vê um paralelismo total entre o servo de Javé cantado pelo profeta Isaías e Cristo. O Salmo é o 26: “Um canto de confiança”.

 

Terça-feira Santa

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele’”. A primeira leitura é o segundo canto do servo de Javé; nesse canto, descreve-se a missão de Jesus. Deus o destinou a ser “luz das nações, para que, a salvação alcance até os confins da terra”. O Salmo é o 70: “Minha boca cantará Teu auxílio.” É a oração de um abandonado, que mostra grande confiança no Senhor.

 

Quarta-feira Santa

Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa. Os homens saem de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.

 

Quinta-feira Santa
Neste dia se recorda a instituição do Sacerdócio, por isso acontece a Missa do Crisma, onde o bispo se reúne em comunhão com seu clero para renovar as promessas sacerdotais e também consagrar o Santo Óleo do Crisma e abençoar o Óleos do Batismo e da Unção dos Enfermos. No vespertino é celebrada a Missa “in Cena Domini”, em que recordamos a Instiuição da Eucaristia, porque começamos com a celebração da Ceia Pascal, na quinta-feira à noite, em que fazemos memória da grande ceia da despedida, que começa, segundo o evangelista João, com o gesto do lava-pés. Cristo manifesta sua disponibilidade a amar até o fim, ele se considera o servo da humanidade.

 

Sexta-feira da Paixão

Depois da Ceia Pascal, com a celebração da Eucaristia, memória viva do maior mistério do amor de Deus, do sacrifício de Cristo até às últimas consequências, eis que, na sexta-feira, nós celebramos este rito sóbrio de uma intensíssima espiritualidade da morte do Senhor. Naquele dia, a Igreja não tem Missa, mas convida seus fiéis a olhar, a contemplar o crucificado, Cristo que morre na Cruz. Ele nos amou até doar a última gota do seu sangue.

 

Sábado Santo


Depois do silêncio do Sábado Santo, em que a Igreja medita e reflete Cristo morto, eis que chegamos à noite da Vigília Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, a morte foi vencida e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude vivida de realização que Cristo já semeou, plantou na terra e que nos fins dos tempos se realizará plenamente. A Vigília Pascal conclui o tríduo.

 

Domingo de Páscoa

O Domingo de Páscoa, o primeiro dia da semana, é o Dia do Senhor, que Ressuscitado, é a causa da nossa alegria e da festa da Igreja.

 

Pontos estratégicos para a comunicação na Semana Santa 

  • Bênção dos ramos e procissão; 
  • Lava-pés e instituição da Eucaristia (Eucaristia e serviço estão unidos); 
  • Transladação do Santíssimo Sacramento; 
  • Via-Sacra; 
  • Desvelação e adoração da Cruz; 
  • Prostração dos celebrantes; 
  • Procissões com as imagens do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores; 
  • Bênção do fogo e acendimento do Círio; 
  • Bênção da água; 
  • Batismo (se houver) e liturgia Eucarística. 

 

Criação: Coordenadores dos Subgrupos da Pascom Brasil